Fundada em 1837, a John Deere é uma empresa global de tecnologia que fornece, principalmente, software e equipamentos para os setores agrícola, de construção e florestal. Com uma base de clientes impressionante, que abrange todo o mundo, a reputação da empresa foi construída sobre produtos inovadores e de qualidade superior, que refletem seus 186 anos de tradição e integridade. Esse mesmo espírito pioneiro levou os gerentes do centro de distribuição de peças a começar a pesquisar maneiras de melhorar a segurança, a saúde e a sustentabilidade da força de trabalho.
O serviço de logística de peças da John Deere desempenha um papel fundamental em ajudar a suprir rapidamente as demandas de concessionários e clientes finais. Para gerenciar as mais de 150.000 peças diferentes necessárias para atender o Brasil e a América do Sul, a empresa construiu um centro de distribuição de 75.000 m² em Campinas, no estado de São Paulo. No entanto, o tamanho é apenas uma parte do todo. ara atender plenamente seus clientes, velocidade e eficiência são pilares essenciais, pois muitas vezes são necessárias peças para entrega no dia seguinte. Para conseguir isso, os funcionários da John Deere devem selecionar, classificar e embalar manualmente centenas de peças por dia, uma tarefa que envolve movimentos repetitivos de braços, ombros e costas.
No início de 2022, a equipe de EHS contatou a Comau para explorar até que ponto o exoesqueleto da empresa poderia melhorar o bem-estar e a motivação dos colaboradores, responsáveis por manusear, movimentar e coletar peças de formas, tamanhos e pesos diferentes.
“Nossos esforços para fornecer aos clientes tecnologias de automação inovadoras estão também em encontrar maneiras de garantir que seus colaboradores permaneçam seguros durante as atividades diárias, em diferentes aplicações e indústrias. O MATE-XT é um exoesqueleto vestível, fácil de usar, que permite à John Deere fornecer maior valor agregado e benefícios mensuráveis ao reduzir a fadiga muscular percebida e o estresse mecânico nas costas, região lombar, braços e ombros. É mais um exemplo do valor que a robótica pode trazer.”
Laerte Scarpitta, Comau Líder da Comau para as Américas
O Desafio
Com o objetivo de melhorar o bem-estar dos colaboradores e facilitar a sustentabilidade ergonômica, a John Deere estava buscando uma solução viável para aliviar o esforço físico de sua força de trabalho. Melhorar a postura e a qualidade eram outras metas, uma vez que a empresa também buscava reduzir o risco ergonômico relacionado à operação de logística de peças.
A Comau teve a oportunidade de demonstrar o desempenho ergonômico do exoesqueleto robótico passivo MATE-XT em termos de eficácia na redução do risco de sobrecarga biomecânica dos membros superiores. Garantir o conforto e a adaptabilidade eram dois requisitos adicionais, já que os colaboradores usariam o exoesqueleto inovador por até 8 horas por dia.
A Solução
O exoesqueleto da Comau se mostrou a solução perfeita, tanto pela sua eficácia como pelo seu formato inovador. Além de ser leve e fácil de usar, o exoesqueleto MATE-XT replica com precisão todos os movimentos do ombro, ajudando os colaboradores a realizar suas atividades confortavelmente, reduzindo a fadiga muscular sem limitar a mobilidade ou aumentar o volume junto ao corpo. Além disso, seu design ergonômico pode ser facilmente adequado para pessoas e biotipos diferentes – através de ajustes simples e rápidos no comprimento das alças e no nível de assistência necessário, com base no colaborador ou no tipo de tarefa.
Além de oferecer suporte postural altamente eficaz, o MATE-XT é certificado pelo EAWS (Ergonomic Assessment Work-Sheet). Ao fornecer à John Deere uma mensuração objetiva da melhoria ergonômica, a equipe conjunta da Comau e John Deere conseguiu calcular facilmente os benefícios projetados em termos de redução da fadiga muscular, velocidade de execução e ROI projetado.
A Comau também ajudou a John Deere a desmistificar o uso do exoesqueleto em suas operações diárias, oferecendo um treinamento prático realizado no centro de distribuição de peças em Campinas. Os especialistas em ergonomia da Comau trabalharam em parceria com o cliente para monitorar o desequilíbrio muscular e o gasto de energia dos trabalhadores durante suas atividades rotineiras.
Depois de receber o primeiro exoesqueleto MATE-XT em meados de 2022, a John Deere voltou a comprar três unidades adicionais do equipamento seis meses depois. Atualmente, todos os quatro exoesqueletos estão sendo usados para apoiar as operações de embalagem, com unidades adicionais sendo testadas em outras áreas.
Os Resultados
Depois de implantar o exoesqueleto nas operações diárias, os funcionários da John Deere aceitaram prontamente o sistema e gostam de trabalhar com ele. Com uma estrutura de fibra de carbono fina e leve que é usada como uma mochila, o exoesqueleto MATE-XT oferece 8 níveis de suporte que podem ser ajustados e alterados de forma rápida e fácil conforme necessário, sem interromper a continuidade da atividade.
Mesmo manuseando objetos pequenos e leves, o esforço aparentemente mínimo de movimentos manuais repetidos pode afetar o corpo. Para ajudar a John Deere a quantificar os benefícios do uso do MATE-XT, a Comau realizou uma análise eletromiográfica do fator de risco ergonômico. Como resultado, MATE-XT manteve o músculo em repouso por 98,5% do tempo de atividade, enquanto os esforços musculares em um estágio de repouso sem o MATE-XT foram limitados a apenas 2,4% do tempo.
Em relação à postura, o MATE-XT garante um equilíbrio muscular adequado, otimizando o gasto de energia necessário para estabilizar e sustentar o peso do braço. Usando o exoesqueleto da Comau, a estabilidade do braço pode ser mantida usando apenas 10% da capacidade máxima de força do colaborador. Isso se traduz em uma maior sensação de bem-estar, além de gerar resultados tangíveis baseados em desempenho, como a otimização de processos e ganhos de produtividade. Dito isso, o MATE-XT está ajudando a John Deere a mitigar o risco ergonômico e alcançar uma redução de 68% na sobrecarga muscular.
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redução de sobrecarga muscular
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Musculatura mantida em estágio de repouso por 98.5% do tempo da atividade